Para tornar eficaz seu negócio, o empreendedor dispõe de três métodos bem experimentados e comprovados:
1. Pode começar com um modelo do “negócio ideal”, que produziria resultados máximos em conseqüência dos mercados e conhecimentos disponíveis - ou pelo menos aqueles resultados que, em longo prazo, ofereçam maiores possibilidades de êxito.
2. Pode tentar maximizar as oportunidades, focalizando os recursos disponíveis nas possibilidades mais atraentes e dedicar-se a elas obter os melhores resultados.
3. Pode maximizar os recursos para que sejam encontradas - ou criadas - aquelas oportunidades que lhes forneçam o maior o impacto possível.
Na busca de novas oportunidades toda empresa deve estar aberta para o futuro. Sabem-se duas coisas sobre o futuro: que não pode ser conhecido e que será diferente de hoje. Analisar o futuro significa estudar os eventos significativos de hoje quanto ao seu impacto no amanhã.
Os grandes eventos têm sempre um espaço de tempo entre si e seu impacto, nas pessoas e nas idéias. Duas fontes importantes de investigação são, sem dúvida, a população (as maiores mudanças de mercado foram criadas pelas mudanças de população) e o tempo de lazer que leva à procura de novos bens e conhecimentos. O empreendedor pode-se pergunta:
a) Aconteceu alguma coisa que poderá estabelecer uma nova realidade para a indústria, o país, o mercado?
b) Está acontecendo alguma coisa na estrutura de uma indústria que indica uma mudança maior?
c) Quais são nossas suposições básicas sobre a sociedade e a economia, o mercado e o consumidor, o conhecimento e a tecnologia?
d) Elas ainda são válidas?
Pelo que se pode perceber, "Managing for Results", é uma contribuição acerca das questões mercadológicas de Peter Drucker ao empreendedor, onde autor basicamente terce comentários sobre a maximização de oportunidades do que na solução de problemas. Este livro está mais voltado para as perspectivas do futuro. O futuro não será feito amanhã. Está sendo construindo hoje em grande parte decisões e ações tomadas com respeito às tarefas de hoje.
Em The Effective Executive, Peter Drucker pretende fazer uma continuação de "Managing for Results", focalizando, tão perto como nunca foi a eficácia dos empreendedores, propiciando a oportunidade de se ir mais além desta leitura, afirmando, que suas proposições podem ser vistas sobre outra ótica - a da capacidade dos empreendedores, traduzida na eficácia da gestão de seus empreendimentos. Drucker oferece ao empreendedor conceitos muitos práticos e operacionais, os quais, ao mesmo tempo estão em perfeito acordo com sua filosofia da administração
Drucker observa que é comum encontrar-se empreendedores, de boa inteligência, sólidos conhecimento do ramo de negócio no qual deseja empreender, pessoas brilhantes e imaginativas.
No entanto poucos desses empreendedores são eficazes. Confundem-se inteligência e eficácia, quando se conhece muito empreendedor com a primeira qualidade e sem a segunda.
O mesmo se pode dizer das outras qualidades acima apontadas. São muitos os empreendedores bem dotados de conhecimentos técnicos do negócio, mas ineficazes na condução da parte gerencial do empreendimento
Pode-se constatar, com base nas reflexões de Drucker, "o que os empreendedores eficazes fazem, que nós não fazemos, e o que eles não fazem, que nós tendemos a fazer". O livro gira em torno da idéia central que é a eficácia é um hábito, não uma qualidade herdada naturalmente. A eficácia pode ser aprendida.
O que se exige de um trabalhador subalterno é que faça bem o que deve fazer, enquanto o empreendedor deve fazer certas as coisas certas. Grande parte da eficácia não é representada pelo próprio desempenho dos atos, pela escolha do alvo certo onde concentrar suas energias.
Nada mais triste do que observar um departamento de pesquisa e desenvolvimento inteiro desperdiçar seu talento num projeto errado.
Outro aspecto da eficácia é olhar para fora da empresa: "Todo o empreendedor, seja sua organização uma empresa comercial, industrial ou de serviços, vê o interior - a organização - como a realidade próxima e imediata,
Ele vê o exterior somente através de lentes espessas e destorcidas. O que acontece fora não é nem mesmo conhecido em primeira mão. É recebido por um filtro de relatórios, isto, numa forma pré-digerida e altamente abstrata que impõe critérios organizacionais de relevância à realidade externa".
Como se sabe, "não há resultados dentro da organização. Todos os resultados estão fora. Os únicos resultados do negócio são produzidos por um consumidor que converte os custos e esforços do negócio em dividendos e lucros".
A grande questão é que os eventos externos importantes e relevantes são freqüentemente qualitativos e não são passíveis de serem quantificados. E muitos de nossos empreendedores estão cada vez mais dominados pelo ópio intelectual da estatística a ponto de não serem capazes de enxergar nada além das tendências estatisticamente demonstradas.
Os verdadeiros eventos externos não são tendências, são mudanças nas tendências. Algumas decisões que dependem da estatística são tardias.
AS REALIDADES DO EMPREENDEDOR
Numa empresa, o empreendedor deve encarar quatro realidades principais sobre as quais não tem essencialmente nenhum controle:
1. Seu tempo, na aparência, a pertence a um grande número de pessoas. Praticamente todo mundo pode, pode pessoalmente ou por telefone, intrometer-se no tempo de que um empreendedor dispõe. Na verdade, os empreendedores podem ser definidos como pessoas que, normalmente não dispõem de tempo para si próprias;
2. Os empreendedores são obrigados a se manterem em atividade, a não ser que façam algo de positivo para alterar a realidade em que vivem e trabalham.
Se o empreendedor deixar os acontecimentos determinarem o que ele deve fazer, qual trabalho executar ou o que levar a sério, estará longe de atuar eficazmente. Pode tratar-se de uma excelente pessoa, mas estará seguramente desperdiçando seus conhecimentos e capacidade, e jogando fora a eficácia que poderia conseguir.
O empreendedor precisa é de critério, que lhe permitirá trabalhar no que é verdadeiramente importante, isto é, em contribuições e resultados.
3. O empreendedor pertence a uma organização e isso significa que ele só e eficaz se e quando outras puderem servir-se de sua contribuição.
4. Os empreendedores são parte de uma organização. Cada um deles em sua organização vê essa entidade como uma realidade próxima e imediata. Muitas das vezes ele não sabe o que se passa fora dela, a não ser em segunda mão. Neste intervalo, o que acontece em seu interior pode ser resumido em esforço e custo.
A organização é um artifício social, um órgão da sociedade, e se justifica pela contribuição que presta ao mundo exterior.Quanto maior e bem-sucedida for uma organização, tanto mais os acontecimentos internos, tantos mais os acontecimentos internos tendem a engajar o interesses, as energias e a capacidade do empreendedor.
Um risco, especialmente nesta era de tecnologia da informática, é excluir os acontecimentos externos do interesses do empreendedores. Deve-se lembrar que o computador só utiliza dados quantitativos - e só pode quantificar o que se passa dentro da organização. Já os acontecimentos externos raramente são disponóveis em forma quantitativa, e sim qualitativa. E quem pode selecioná-los é o empreendedor.
TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DO EMPREENDEDOR EFICAZ
A eficácia empreendedora não é igual à eficácia comum dos empregados. Não sendo eficácia empreendedora uma aptidão ela é um hábito a ser adquirido. Quais são as práticas que levam à aquisição deste hábito? O Modelo de Drucker desenvolve-se na resposta a essa pergunta. Cinco são os princípios gerais da eficácia: a) Saber onde gastar o próprio tempo; b) Concentrar esforços em resultados mais do que em trabalho; c) Basear-se nas qualidades pessoais mais fortes; d) Concentra-se nas tarefas-chave; e e) Tomar decisões efetivas
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