terça-feira, 4 de outubro de 2011

Juventude mais empreendedora




“Inovação e Empreendedorismo no Combate ao Desemprego Jovem” foi o nome de um encontro que juntou na Região jovens madeirenses, de Ceuta e Melilla. Durante uma semana, os 32 jovens tentaram encontrar metodologias que incentivem a juventude a ser activa e empreendedora.


Trinta e dois jovens da Madeira, de Ceuta e de Melilla estiveram entre os dias 26 de Setembro e 1 de Outubro reunidos, na Madeira, para encontrar metodologias que levem os jovens a criar o seu emprego ou a encontrar alternativas de emprego.

Este é um projecto, realizado no âmbito do programa comunitário Juventude em Acção, na área das políticas juvenis, em que juntou quatro associações: a Alternativas Jovens, e a Juventude Interactiva, da Madeira, e ainda a Asociación Cultural Arte Brasileira de Ceuta e a Asociación Melillense de Estudiantes Universitarios.

Ao longo dos vários dias do encontro que teve como tema “Inovação e Empreendedorismo no Combate ao Desemprego Jovem”, os jovens discutiram questões relacionadas com o empreendedorismo e o desemprego jovem, questões que interessam actualmente os jovens.

Durante a semana houve várias actividades, de vários âmbitos, tendo o encontro culminado com um seminário que decorreu no auditório da Escola Profissional Atlântico. Após a sessão de abertura com o secretário regional dos Recursos Humanos, Brazão de Castro, o eurodeputado Nuno Teixeira falou sobre a Nova Estratégia Europeia para a Juventude 2010-2018. Já o director regional de Juventude, Jorge Carvalho, abordou a questão da Educação/Formação/Mobilidade. No final, o grupo apresentou as suas reflexões, a começar pela “Criatividade no Empreendedorismo”, depois “O papel da democracia e da Europa nas políticas de protecção social”, “a Caracterização dos Programas e políticas de protecção em Portugal e Espanha”, “Propostas de Mobilidade, Formação e Emprego”.

Para o vice-presidente da Associação Alterantivas Jovens, Marco Costa, o balanço do encontro «foi bastante positivo e produtivo, porque estivemos uma semana a debater políticas de empreendedorismo e de emprego e é sempre bom termos a oportunidade de partilharmos, com outros países, preocupações e soluções dentro destas áreas».

Aliás, as duas associações de Ceuta e Melilla já trabalham com as referidas associações madeirenses de há dois anos a esta parte, em vários âmbitos. No que respeita às políticas juvenis, esta é a terceira vez que se encontram, tendo já estado nos Açores, Melilla e agora na Madeira. Uma das conclusões que Marco Costa gostaria de destacar deste encontro é a proposta de criar no currículo escolar uma disciplina que desperte os jovens, desde cedo, para o sentido de negócio.

Já para Rogério Gouveia, que representa a Associação Juventude Interactiva, a participação nestes projectos é importante, por causa do «conhecimento com que se fica sobre as possibilidades de trabalhar ou fazer estágios fora da Região», além da partilha de ideias e de realidades.

Este encontro teve também como grande objectivo o de «incentivar a juventude a ser activa e empreendedora, porque não pode esperar que por terminar a formação terá um trabalho à espera». «Temos de estar conscientes que não é fácil e que temos de investir», salientou Rogério Gouveia.

Encontro possível através do programa comunitário

O programa europeu Juventude em Acção tem proporcionado a muitos jovens europeus experiências que nunca poderiam ser alcançadas se não existisse este apoio comunitário. No âmbito das políticas juvenis, os jovens das associações madeirenses têm aproveitado os fundos comunitários para promover parcerias de trabalho com outras associações. Este encontro sobre empreendedorismo e emprego foi fruto desse apoio e o balanço, segundo os intervenientes, foi positivo.

20 jovens em formações internacionais

Até Setembro do corrente ano, a Associação Alternativas Jovens já enviou para formações internacionais 20 jovens madeirenses.

A próxima actividade é a recepção de um grupo de oito jovens do País de Gales, no âmbito da iniciativa Jovem Transnacional, na área do Desporto, entre 20 a 26 de Outubro. Estes terão contacto com as actividades desportivas que são dinamizadas com os jovens da Associação Alternativas. Depois, oito madeirenses irão até ao País de Gales, em Abril. Ainda no próximo ano, haverá um seminário em Ceuta.

«Os jovens têm de abrir horizontes»

«Os jovens têm de abrir horizontes», quem o afirma é Rogério Gouveia, que é membro da Associação Juvenil Interactiva. Este jovem que terminou a sua licenciatura em Serviço Social está a ultimar os preparativos para viajar até Luanda, onde irá trabalhar no Instituto Técnico e Profissional de Angola, a convite de um madeirense. Este contacto foi feito quando Rogério Gouveia participou nos programas de Juventude em Acção e conheceu o seu futuro colega de trabalho. «Ficou o contacto e agora fez-me este convite», disse. Pela experiência que está a viver, recomenda aos jovens que lutem pelo seu futuro, mesmo que seja fora da ilha, porque um dia, mais tarde, «iremos trazer novas ideias e investimento para a nossa Região», assegura.

Seminário terá segunda edição em Ceuta

O Seminário sobre “Inovação e Empreendedorismo no Combate ao Desemprego”, integrado no Programa Juventude em Acção/Projectos Jovens e Democracia, realizado na Madeira e  que resultou de uma parceria entre quatro associações da Madeira e de Espanha terá uma segunda edição, em Ceuta. Na passada sexta-feira, 32 jovens apresentaram propostas na área do empreendedorismo ao secretário regional dos Recursos Humanos, Brazão de Castro, ao director regional de Juventude, Jorge Carvalho, e ainda ao eurodeputado Nuno Teixeira.

Para a responsável da Asociación Cultural Arte Brasileira de Ceuta, Élida Barroso Garcia, «o encontro foi positivo». Ainda na Madeira, a jovem disse ao JM que já está em negociações com associações de outros países «para realizar um segundo seminário em Ceuta, para desenvolver as ideias que tivemos na Madeira, para trabalhá-las e convertê-las em projectos reais», explicou. Na sua opinião, a conclusão mais importante é a de incentivar os jovens, já na escola, para o empreendedorismo.

O desemprego jovem em Ceuta é uma situação que preocupa Élida Garcia. Sem agricultura e sem sector industrial, grande parte da população depende do Estado e é isso que a Associação Juvenil está a tentar mudar, dando aos jovens ferramentas para impulsionar a economia. O sector turístico pode ser o futuro.

Política  de proximidade

Desde o passado dia 26 de Setembro até 1 de Outubro, 32 jovens de quatro associações madeirenses e espanholas estiveram reunidos num encontro que culminou com a realização do seminário sobre empreendedorismo e inovação no combate ao desemprego, que contou com a presença do secretário regional dos Recursos Humanos, Brazão de Castro, o director regional de Juventude, Jorge Carvalho e ainda o eurodeputado, Nuno Teixeira.

No final do encontro, os quatro dirigentes das associações destacaram o facto de os políticos madeirenses estarem tão próximos da juventude. Élida Garcia, de Ceuta, e Jose Valdivieso, de Melilla, ficaram mesmo admirados com a ligação e estão com esperança que as suas propostas passem para propostas concretas.

Encontro foi «altamente gratificante» para a Associação de Melilla

O presidente da Asociación Melillense de Estudiantes Universitarios, Jose Valdivieso, considerou, ao JM, que o encontro entre jovens da Madeira, Ceuta e Melilla, realizado na passada semana, «altamente gratificante». Os temas abordados, que foram desde o desemprego ao empreendedorismo, interessaram grandemente aquele jovem que vive em Melilla, uma cidade autónoma espanhola, que fica localizada na costa africana. Nesta localidade, o desemprego jovem atinge os 56 por cento e o abandono e o insucesso escolar é o mais elevado da Europa. Por isso, Jose Valdivieso vê nestas iniciativas, que juntam as várias associações juvenis ultraperiféricas, uma esperança para levar outras ferramentas para os jovens de Melilla.

«Creio que o mais importante nos encontros é que participam sempre pessoas novas que conhecem outras realidades e formas de trabalhar diferentes e conseguimos criar um efeito multiplicador, em que vamos criando uma verdadeira rede global com diferentes regiões», esclareceu.

E dada a realidade de Melilla, Jose Valdivieso considera ser «muito importante poder trabalhar com outras regiões ultraperiféricas com quem dividimos os problemas e as oportunidades e consideramos que esta é a melhor forma de trabalhar».

Agora que tem nas mãos as várias propostas que saíram do Seminário na Madeira, aquele dirigente sindical garante que vai lutar junto dos governantes locais, para que a juventude tenha uma voz mais activa.

Um dos próximos passos daquela Associação de Melilla é poder receber jovens através do Serviço Voluntário Europeu. «Vi que na Madeira funciona bem, mas em Melilla nunca houve, são coisas que, graças a estes encontros, que vamos tendo conhecimento e depois pensamos, porque não também levar para nossa cidade?», considerou aquele jovem.

Via: JM

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