quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Os Símbolos da Geração “Maker” …


(…) Em mais um daqueles “turning points” o mundo prepara-se para acolher  “wearables” ( tecnologias de vestir ), “drivables” ( veículos sem condutor) , “flyables” ( veículos aéreos controlados remotament ), “shipables” ( unmanned cargo ships – barcos controlados a partir de doca-seca ), “scannables” objetos rastreáveis através de etiquetas de dados , ao mesmo tempo que se desenvolvem as industrias “on demand” de concepção, prototipagem e produção rapida através de impressão 3D.

Recordo bem o início dos anos noventa quando Louis Gartner reinventou a IBM para lhe oferecer um novo fôlego e outras capacidades para enfrentar o prodigioso mundo da Internet, então a começar a invadir a esfera comercial após um longo período de maturação nos meios militares e académicos.
A substituição de um CEO ( Diretor Executivo) ao nível de grandes empresas não é um ato vulgar, trata-se de um dos momentos mais interessantes para se perceberem prospetivas e o reconhecimento de novas oportunidades.
Satya Nadella, o novo lider da Microsoft já seleccionou o target com o qual pretende fazer o alinhamento da Microsoft com o futuro : o imenso potencial de uma geração de desenvolvedores NÃO-PROFISSIONAIS abaixo dos 30 anos ! . Parece simples o reconhecimento de uma geração de Nativos Digitais que, em 2020, será já a maioria nas empresas e com eles aportam novas formas de trabalhar e dirigir em Ecologias de Aprendizagem e Produção rumo à sustentabilidade num Mundo Altamente “Datificado” e com a missão de gerir e digerir a produção de cerca de 35 Zettabytes de dados por ano. É Obra !
As Plataformas de Programação de Código Aberto estão no terreno para coincidir com um período alto de maturação do movimento “Maker” e dar origem sociológicamente à geração “Maker”,  conduzida por competências básicas de um saber-fazer programável computacionalmente, permanentemente objetivavel e recombinante através de um sentimento global do tipo  “ Why Not ?
A simbologia já está no terreno na forma visível através de “wearables” ( tecnologias de vestir ), “drivables” ( veículos sem condutor) , “flyables” ( veículos aéreos controlados remotament ), “shipables” ( unmanned cargo ships – barcos controlados a partir de doca-seca ), “scannables” objetos rastreáveis através de etiquetas de dados , ao mesmo tempo que se desenvolvem as industrias “on demand” de concepção, prototipagem e produção rapida através de impressão 3D.
As novas gerações não são melhores nem piores do que aquelas que as precederam, são apenas e tão só : diferentes. E é essa diferença que vai dinamizar o novo Sistema Operativo das Ecologias em Redes nas sociedades do século XXI.
Compreender a semiótica do desenvolvimento da Internet Industrial à luz das Humanidades Científico-Digitais através dos novos símbolos da Geração “Maker”, e a criação de Laboratórios de Antropologia Cultural capazes de ajudar a tornar inteligíveis toda uma gama de trabalhos do Futuro,  é uma necessidade imperiosa que determina uma resposta societal estratégicamente refletida e socialmente responsavel.
Os Cidadãos do Futuro estarão sujeitos a uma Taxa de Aprendizagem , paradoxo de paradoxos, que deverá ser igual ou maior à Taxa de Desaprendizagem assim como que , a correr para a Sabedoria !.

Francisco Lavrador Pires ( flpires@gmail.com)
Engenharia, Inovação e Desenvolvimento Organizacional

Via eLearning Club em http://elearningclub.blogspot.pt/

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