Professor Emanuel Leite
Especialista em empreendedorismo, Emanuel Leite já publicou vários artigos no Empreendedores em Rede.
Pós-Doutoramento em Inovação e Empreendedorismo pela Universidade de Aveiro. Actualmente a residir no Brasil, é Adjunto da Universidade de Pernambuco e da Universidade Católica de Pernambuco. É ainda autor dos livros "O Fenômeno do Empreendedorismo Criando Riquezas" (Prêmio Belmiro Siqueira 2001) e "Empreendedorismo, Inovação de Empresas e a Lei de Inovação".
Esperamos que este texto, ao mesmo tempo em que estuda o empreendedor, empreendedorismo, inovação, incubação de empresas, start–up e spin-off no contexto do Plano Tecnológico, revele também algo sobre o poder da informação e poder das ideias para os milhões de jovens empreendedores nesse momento especial da economia mundial.
O empreendedor tem a plena consciência de que os seus produtos/serviços são tão bons quanto as suas ideias. As ideias são a nova moeda no mundo empresarial. As incubadoras não estão somente na vanguarda do desenvolvimento de inovações, novas tecnologias, berçários de empreendedores, desenvolvimento de novos produtos/serviços, mas também numa nova era de princípios empreendedores.
É por essa razão que procuramos narrar não apenas sobre os temas que intitulam o livro, mas também o desenrolar das ideias que mudaram nossas vidas. Para fazer isso, tivemos de romper os limites do formato linear do livro.
Nos livros, habitualmente o leitor encontra-se em estado de pura passividade, marchando no mesmo passo dos autores, e quiser extrair tudo do livro, ou examinando superficialmente as páginas ao acaso.
Ao ler este livro, o empreendedor deve concentrar-se nos curtos ensaios que acompanham cada capítulo, cujo propósito é fornecer uma explicação mais detalhada de uma lição de empreendedorismo, inovação, incubação de empresa ou de administração que a história representa.
Nosso modelo para esse tipo de leitura é o processamento de dados individual, que permita ao leitor resumir qualquer informação que necessite, na dosagem exigida. Esperamos tanto as lições como as histórias lhe ensejem uma variedade de aberturas de ideias de negócio. Tentamos imaginar formas de tornar esta leitura mais que uma experiência passiva.
Chegamos à conclusão que o empreendedor é um cético. O futuro pertence aos céticos, não aos cínicos; e uma cultura na qual a internet e as redes sociais tornam-se tão essenciais e rotineiros como as tecnologias de informação que abre espaço para que possam empreender. O cético não aceita as ideias sem questionar; utiliza múltiplas informações para comparar e constatar. O computador torna essas informações facilmente disponíveis e em grande quantidade.
Seguindo esse modelo, traçamos as linhas de inspiração para o desenvolvimento do espírito empreendedor que exercerão papel decisivo no desenvolvimento econômico mundial, partindo de novas disciplinas (empreendedorismo e inovação) e novos paradigmas (desenvolvimento do espírito empreendedor), biotecnologia, arte, etc.
Quando formulamos metáforas partindo dessas disciplinas, estamos na verdade, oferecendo ao leitor pontos de vista diferentes que ampliam a sua capacidade crítica. O texto ensejará mais perguntas do que respostas que esperamos, despertarão curiosidade e provocarão a busca de novos pontos de vista.
O que mais nos entusiasma sobre o que aprendemos na elaboração de Empreendedorismo, Inovação, Incubação e o Plano Tecnológico é que o empreendedor, o empreendedorismo e a inovação são mais do que palavras da moda. São instrumentos determinantes na retoma econômica mundial.
Assim como o conteúdo eletrônico desse livro transformando uma sociedade onde as publicações ainda são em sua maioria em meio impresso para forma eletrônica, instrumento que transformará a forma pela qual encaramos o mundo.
Queremos que a inovação, o empreendedor, o empreendedorismo sejam a fonte de novos instrumentos para se criar um novo mundo. O novo mundo que seja desenvolvido sobre égide da ética, onde a inovação permeia todas as facetas do meio ambiente. É apenas um pequeno exemplo de quanto excitante pode ser uma nova empresa de base tecnológica criada em uma incubadora filha da era da informação.
Rumo à segunda década do século XXI, cujas sementes já estão lançadas via o empreendedorismo, inovação, incubação e o Plano Tecnológico e as ideias que poderão florescer nas mentes dos leitores desse livro. É uma odisseia de aventura e ousadia, repleta de riscos e surpresas inerentes à criação de um empreendimento.
É, sobretudo, a ousadia de transição de dois mundos – o velho (sem o espírito empreendedor) e o novo (sobre o prisma do espirito empreendedor) – um mundo que mudou tão marcadamente durante todo o processo de elaboração do Empreendedorismo, Inovação, Incubação e o Plano Tecnológico.
A incubadora de empresas é uma oportunidade sem fronteiras. Um ambiente estonteante, uma consumada reunião de empreendedores a conquista de novos mercados para a imensa gama de produtos/serviços de seus empreendimentos.
Nas incubadoras os empreendedores lutam ferozmente por um décimo de porcentagem de fatia de mercado. São sonhadores, conduzidos à paixão de mudar o mundo e torná-los um lugar melhor e mais produtos para todos os incubados. Vendem não apenas produtos/serviços, mais instrumentos para os corações e mentes dos seus clientes.
É atributo dos realizadores, fundamentalmente indivíduos com espírito criativo, inovador, que tentam penetrar mentalmente com seus produtos/serviços. A inovação demanda uma crença apaixonada no poder de suas próprias ideias e a convicção de vê-las chegar até o fim. Isso pode resultar, muitas vezes, numa batalha longa e solitária a ser vencida.
Os visionários estão constantemente lutando contra o pensamento convencional, porque têm uma visão progressiva do mundo em termos do que ele pode vir a ser se alguém estiver disposto a encarar as coisas de maneira diferente.
Por definição, são mais dependentes de seus próprios instintos. Dedicam sua vida a um empreendimento, tornando-se totalmente absortos em seus múltiplos aspectos. São normalmente exigentes, teimosos, intransigentes e de difícil trato. Mas quando sua perseverança e seu instinto se combinam, eles são perfeitos.
Os visionários estão sempre examinando o horizonte do amanhã. Se sua visão estiver no alvo certo, mudará o mercado e eles prosperarão – mesmo que isto signifique a perda de algumas batalhas pelo caminho.
O empreendedorismo é, portanto, muito mais uma atitude, uma maneira de pensar, do que uma disciplina de objetivo único ou um acervo de conhecimentos. Um empreendedor bem sucedido precisa ser conceitualmente criativo, inovador, intuitivo e deve examinar diferentes pontos de vista para resolver velhos problemas. É preciso sair do hábito racional, do pensamento linear e tentar focalizar o mundo de forma diferente.
Os empreendedores têm também uma incrível habilidade na busca de diferentes perspectivas. É crucial o desenvolvimento de uma larga faixa de amplitude para explorar as chances de qualidade na prestação de serviços em todas as áreas da empresa – atendimento sob medida a clientes, desenho, fabricação etc. Isto é tão essencial numa firma de prestação de serviços como numa fábrica.
Para desenvolver essa plenitude, o empreendedor deve ter a habilidade de examinar as coisas bem de perto ou focalizá-las de um ângulo bem distante.
Examinar algo em seus mínimos detalhes, até o ponto em que muitas vezes a verdadeira beleza está oculta. Entretanto, devem ter capacidade para olhar mais além, procurando mudanças fundamentais nos hábitos de consumo.
Mas isso não é suficiente: o empreendedor deve ter também coragem para fazer mudanças. Muitos empreendedores tendem a agir do lado, de cima do muro, cedendo às mudanças a outros. As pessoas que têm a coragem de assumir riscos são as que você provavelmente perderá.
Alguns das melhores iniciativas na área do empreendedorismo partem muitas vezes de pessoas sem qualquer formação específica, mas com ideias originais, criativas e inovadoras. As melhores ideias não florescem na cabeça de quem as têm e sim na de pessoas que são mais ágeis na sua implementação. O empreendedor deve ser capaz de reorientar rapidamente sua perspectiva à medida que examina as possibilidades de como seu produto ou serviço serás visto pelo consumidor.
O empreendedorismo valoriza os maiores poderes intuitivos - algo que só surge realmente através de conhecimento e bom senso numa determinada indústria.
Hoje, contudo, o empreendedorismo está assumindo importância cada vez maior nos empreendimentos bem-sucedidos; representa um papel relevante ao atribuir valor ao que o empreendedor vende e em ver aquele valor reconhecido pelo cliente.
O empreendedor é um eterno apaixonado pelo que faz cujo sonho permanente é dar aos indivíduos o poder que as grandes empresas e instituições eram capazes de exercer.
A habilidade de transformar sua empresa e seus produtos/serviços em resposta às alterações na economia, nos hábitos sociais, nos interesses dos clientes. Os verdadeiros empreendedores são aqueles, portanto, que tiram vantagem da rede de contatos.
Os empreendedores que estão incubados que é melhor fonte de conhecimentos da empresa é a academia. O aprendizado não termina nas fronteiras da instituição; é uma experiência pela vida inteira.
O empreendedor bem-sucedido não vê obstáculos e sempre encontra uma forma criativa, inovadora de se desincumbir das tarefas mais difíceis e impossíveis. A época para assumir riscos é quando você enfrenta os mais difíceis obstáculos. Agir com margem muito ampla de segurança não funciona no meio de uma crise.
Hoje, o futuro parece ainda menos previsível. Vivemos numa época de mudanças aceleradas e voláteis. Em conseqüência, o planejamento do futuro torna-se difícil, com muitas empresas apostando em cavalos errados.
Esse texto é a introdução do livro Empreendedorismo, Inovação, Incubaçào de Empresas, Start-up, Spinn-off e o Plano Tecnológico que em breve será disponibilizado na Web
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