sexta-feira, 25 de março de 2022

Moss.Earth


No mercado desde 2017, a 
OnePercent_Blockchain, startup brasileira líder na criação de soluções em blockchain, tem sido a responsável pelo desenvolvimento de projetos globais pioneiros e inovadores na área. Entre as iniciativas, destaca-se o MCO2, primeiro ativo digital verde verdadeiramente global e lastreado em blockchain do mundo. Criado em parceria com a climatech Moss.Earth, pioneira e líder na comercialização de crédito de carbono em blockchain, o token é uma ferramenta que empresas podem utilizar para colocar em prática ações que reforcem o compromisso com o meio ambiente e uma agenda ESG mais expressiva.

A startup do Rio Grande do Sul foi a responsável por desenvolver e estruturar toda a tecnologia usada no token, criando o maior projeto de tokenização de crédito de carbono da história. O MCO2 já foi utilizado para a compensação da pegada de carbono de mais de 300 empresas como GOL Linhas Aéreas, Cia. Hering, iFood, e promoveu uma verdadeira disrupção no mercado ao democratizar o acesso ao ativo, permitindo que companhias de todos os portes e segmentos compensem a pegada de carbono de suas operações.

A robustez e o alcance do MCO2 levaram o token a ser o primeiro do Brasil e de toda a América Latina a figurar na listagem das principais bolsas e exchanges do mundo, como Coinbase e Gemini, além ainda do Mercado Bitcoin e NovaDAX. “Fomos o parceiro tecnológico que habilitou a Moss a desenvolver as soluções ambientais baseadas em blockchain, fazendo história juntos em prol da preservação ambiental, como a criação do token MCO2 e do NFT da Amazônia.  

                                                                                                                                                                             

     

Temos muito orgulho dessa entrega sólida de impacto global já na nova era da web3”, destaca Fausto Vanin, cofundador da OnePercent.

Liderada por especialistas com mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento de software e negócios na área de TI, a OnePercent constrói soluções em tecnologia blockchain em conjunto com parceiros em segmentos do mercado como financeiro, meio ambiente, games, impacto social, saúde, conectando empresas e pessoas para criar uma economia global nova e mais democrática, chamada Web3. A OnePercent ainda atua no mercado de NFTs, por meio de uma plataforma única e exclusiva, totalmente carbono neutro e de aplicações de rastreamento para indústrias e outros mercados. “É possível converter um determinado ativo do mundo real ou virtual em um token que pode ser movido, armazenado, transferido e registrado de forma digital utilizando blockchain, o que confere segurança e transparência ao processo”, finaliza Vanin.

Leia no Portal da Abramark: https://lnkd.in/d5W7P6fG

terça-feira, 22 de março de 2022

A relevância das micro-empresas em Portugal

Em 2017 o Estado português era o segundo da UE com mais atrasos nos pagamentos, levando em média 95 dias a pagar, apesar de o prazo legal em contratos com entidades públicas não dever exceder 30 dias.



As médias representam 0,5% (empresas de 50 a 249 trabalhadores no activo, num total de 7 300) e as pequenas 3,3% (empresas de 11 a 49 trabalhadores no activo, num total de 44 492).

Este é um cenário semelhante à maioria dos países da Europa, especialmente na Europa do sul onde, como em Portugal, as micro-empresas assumem uma importância extremamente relevante.

Os micro-negócios representam 96% do tecido empresarial português, existindo 1,2 milhões em Portugal. Os micro-negócios, empresas com menos de 10 trabalhadores ativos, representam 40% do emprego, empregando 1.8 milhões de portugueses e cerca de 20% do PIB (Pordata, 2019).

Normalmente as micro-empresas estão englobadas na definição de PMEs (Pequenas e Médias Empresas) mas as suas realidades são marcadamente distintas. Quando falamos em PMEs e definimos Portugal como um país de PMEs, há uma figura que fica “esquecida” entre as palavras e as políticas e essa é a figura das micro-empresas.

Os desafios das pequenas empresas estão mais próximos dos desafios das médias empresas do que das micro e enquanto não fizermos esta separação para análise e criação de medidas e políticas públicas, estamos a tentar disparar um tiro único para acertar em 2 alvos, em lados opostos do campo de tiro.

A nível económico, é crucial apostar em setores de alta inovação e tecnologia e fortalecer as grandes empresas e as empresas exportadoras, mas não vamos deixar de lado o facto de que aumentar a competitividade e volume de negócios dos micro-negócios pode ser igualmente impactante para a economia nacional.

É sabido que as taxas de sobrevivência das empresas criadas não são altas, mas olhar para números traz sempre uma perspetiva mais clara. Em 2019 foram criadas quase 200 000 empresas, 149 604 individuais e 46 589 sociedades. As taxas de sobrevivência de 1 e 2 anos são, para as individuais, 71,8% e 54,4% e, para as sociedades, 92,3% e 83,4% respectivamente (Pordata, 2019).

Há muitas razões que levam ao “estrangulamento” de um negócio, e quanto mais pequena a escala, mais fácil é de acontecer. Os micro-negócios, por norma, têm tesourarias mais apertadas, menos poder negocial e mais dificuldade em aceder a financiamento.

Adicionalmente, com leis laborais pouco flexíveis como temos em Portugal, as oscilações de mercado e consequentes quebras de faturação muitas vezes acabam com micro-negócios que até aí prosperavam.

É comum ouvir-se que o que “mata” um micro-negócio são as despesas fixas. E quando a capacidade de redução dessas despesas está restringida pela lei, muitas estruturas não aguentam até pequenas oscilações.

Mas para um micro-negócio, para além de situações externas que afetam a sua atividade, há várias componentes internas críticas que, se trabalhadas e investidas de forma consistente, podem trazer elevado retorno.

Uma grande percentagem de micro-negócios é marcada pela falta de competências de gestão e de liderança, falta de uma rede de apoio e dificuldade de acesso a fornecedores (produtos e serviços) de qualidade a preços acessíveis – ser pequeno dificulta em quase tudo, incluindo na capacidade de negociação.

Em cima disto, existe outro problema crítico – os atrasos de pagamento. Segundo a consultora Intrum Justitia, em 2017, o Estado Português era o segundo da União Europeia com mais atrasos nos pagamentos, levando em média 95 dias a pagar as suas faturas, apesar de o Decreto-Lei nº62/2013 determinar que o prazo legal para pagamento de faturas em contratos envolvendo entidades públicas não deva exceder os 30 dias, salvo disposição em contrário.

Com efeito, segundo Informa a DB, entidade especialista no tecido empresarial, em maio de 2019 só 14% das empresas nacionais cumpriam com os prazos de pagamentos acordados com os seus fornecedores, número consideravelmente abaixo da média da União Europeia (UE) que rondava os 43% (Jornal Económico, 2021).

Esta “pescadinha de rabo na boca” – se um não paga, o que iria receber também não consegue pagar e por aí em diante – tem um impacto implacável nos micro-negócios.

É também crítico distinguirmos entre apoio financeiro e não financeiro. Quando pensamos em micro-negócios, a maior parte das pessoas pensa imediatamente em microcrédito. Quase todas as medidas de apoio focam-se no apoio financeiro, que é extremamente necessário mas que dado em exclusividade, sem atenção às restantes dificuldades estruturais, fica muito aquém do seu real potencial.

Depois de trabalhar nos últimos quatro anos perto de micro-negócios, há vários tipos de apoio não financeiro que considero fulcrais, entre eles:

  • providenciar uma rede/comunidade de apoio, troca de experiências e estímulo de parcerias, focada em micro-negócios à escala nacional;
  • dinamizar um modelo de oferta de mentoria especializada (para ser económico, tem que ser em escala, com um modelo de gestão altamente eficiente e uma monitorização de resultados regular);
  • usar essa rede para negociar em escala com fornecedores (como faz o modelo de cooperativa) mas estender para serviços básicos;
  • adotar boas políticas de pagamento, seja no setor público como no privado, com fiscalizações regulares e coimas consideráveis, proporcionais ao tamanho da empresa em incumprimento.

A qualidade e saúde de uma democracia e de um estado social depende da economia e se não apostarmos nas entidades que correspondem a 96% do tecido empresarial, 40% do emprego e 20% do PIB o desenvolvimento da economia nunca será integral.

No meio de todos os problemas estruturais identificados, gostava de terminar com uma proposta muito “simples” que considero absolutamente crítica para um setor de micro-empresas mais competitivas – separar o grupo das micro-empresas do conceito de PMEs.

Pode parecer um detalhe mas estou certo de que fará toda a diferença para começarmos a olhar para a sua natureza e desafios de forma focada e a dar a atenção devida na construção de políticas públicas, incentivos e apoios fundamentais para fortalecer o setor dos micro-negócios, tornar mais competitiva a economia nacional e consequentemente o país.

Via Observador / João Duarte é Diretor Executivo e co-fundador da empresa social Impulso

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Criptomoedas caem após Rússia invadir Ucrânia

 Perante a incerteza de um conflito armado que começou esta madrugada com os ataques militares da Rússia à Ucrânia, os investidores vão fazendo as suas opções com base no pouco que sabem. 



As criptomoedas não estão a mostrar ser ativos de refúgio, com a Bitcoin a perder mais de 5% nos 35.360 dólares, tendo perdido 11% do seu valor nos últimos cinco dias e quase metade face ao recorde do início de novembro, altura em que tocou nos 68 mil dólares. A Ether, do protocolo blockchain Ethereum, registava uma perda intradiária de 8% para os 2.386 dólares. E outras criptomoedas populares, como a Cardano e a Dogecoin, perdiam 11% e 12%, respetivamente, do seu valor de um dia para o outro.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

O que é o metaverso?

É a grande aposta do império de Mark Zuckerberg, que até acarretou uma mudança de nome da empresa. Mas o criador das maiores redes sociais do mundo sabe que o metaverso é um conceito demasiado grande para ser criado sozinho - e está longe de ser o único interessado.



O conceito de metaverso, um mundo em que avatares 3D interagem num universo digital, está longe de ser uma ideia original saída das mentes do setor tecnológico. Na verdade, trata-se de um conceito visto primeiro no mundo da literatura, mais concretamente da ficção científica. Há muito que este tipo de literatura imagina mundos digitais, em que avatares conseguem conviver num ambiente totalmente digital, como se de uma réplica do mundo real se tratasse.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Portugal recebe primeira criptoaldeia da Europa

Didi Taihuttu – um dos maiores embaixadores mundiais da bitcoin – escolheu Portugal para assentar investimento. O Algarve vai receber uma aldeia que vai respirar cripto. Para o empresário, Portugal pode mesmo ser um “porto mundial da bitcoin”.



O “ambiente, a comida e as pessoas” levaram Didi Taihuttu a instalar-se em Lagos, no Algarve, mas, claro, também o regime fiscal favorável em termos de criptomoedas.

Esta é a explicação que aquele que é um dos maiores embaixadores mundiais de bitcoin dá em entrevista ao Jornal de Negócios.

“A bitcoin não é taxada em Portugal, portanto, é obviamente perfeito para nós”, assume Taihuttu que está a mudar para o nosso país a sua base de investimento.

“O nosso plano é fazermos de Portugal o lugar número um do mundo para quem quiser trabalhar com bitcoin. E se Portugal for inteligente, deixará isto acontecer”, sustenta o holandês.

Portugal “tem os ingredientes perfeitos para ser o país da bitcoin”, diz ainda Taihuttu ao Negócios. “El Salvador tem essa posição neste momento, mas o país não tem algumas qualidades que Portugal tem”, acrescenta.

O especialista em criptomoedas refere que conhece “muitos ‘players’ do mercado bitcoin que estão em Portugal por causa das políticas fiscais amigáveis“, mas também do “clima”.

Assim, Taihuttu desafia o Governo a “criar uma economia que aceite a bitcoin”, considerando que, seguindo esse caminho, “poderá ser um dos países mais ricos no futuro”.

sábado, 1 de janeiro de 2022

Lisboa, o novo destino para nómadas digitais

A capital está à beira de se tornar o "Silicon Valley do Rio Tejo", escreve a "Lonely Planet".



Muitas pessoas passam parte do seu tempo a sonhar com uma experiência diferente de vida: quem sabe um emprego entusiasmante num local exótico, ou simplesmente a coragem para largar tudo e tornar-se num nómada digital, conceito tão em voga que define aqueles que trabalham à distância sem pouso, sem grandes amarras, enquanto, idealmente, exploram o mundo.

Mas e se, para estes nómadas digitais — e todos os outros — a grande Meca estivesse mesmo aqui, em Lisboa? É o que parece achar a “Lonely Planet”, uma das mais prestigiadas revistas de viagens do mundo que criou, esta semana, um guia para nómadas digitais dedicado à cidade que diz ser ideal e perfeita para os acolher: a nossa capital.

No artigo, a publicação explica que Lisboa está à beira de se tornar o “Silicon Valley do Rio Tejo”, em referência à zona na parte sul da região da Baía de São Francisco, na Califórnia, que abriga centenas de start-ups e empresas globais de tecnologia — até porque a Google deverá abrir, por cá, uma unidade.

Mas não é só por isso que um nómada digital deveria escolher a capital portuguesa, adianta. Na verdade, ela atrai tanto aqueles que vêm para trabalhar como os que a procuram se divertir, não faltando lugares perfeitos “e acessíveis para comer, beber e festejar, quando estiver com vontade”.

Segundo a revista, o hype crescente de Lisboa como ponto de paragem dos freelancers internacionais tem a ver com o facto de, apesar de este ser por excelência um mundo de independência individual, aqui se praticar um sentido de comunidade.

E dá um exemplo: o grupo Lisbon Digital Nomads, apenas uma de várias comunidades com bastante expressão — esta, no Facebook tem cerca de 19.000 membros — que dão dicas de alojamentos e comida, empregos e saídas, organizam encontros para fazer networking, socializar, comer e simplesmente relaxar com uma cerveja ou um copo de ginjinha.

Claro que, com a pandemia as viagens diminuíram e os nómadas digitais também mas, neste e noutros grupos é possível encontrar pessoas de todo o mundo, em publicações recentes, a pedir dicas de emprego, espaços de coworking, casas para alugar.

Voltando ao artigo da “Lonely Planet”, ele destaca ainda o estilo de vida lembrando que, “apesar das suas aspirações tecnológicas, Lisboa é uma das capitais europeias mais amigas do homem, espalhando-se num emaranhado de ruas de paralelepípedo ao longo de sete colinas históricas e pontilhada pela grandiosa arquitectura pombalina”.

Além disso, frisa, “leis de consumo descontraído significam que as ruas secundárias ganham vida ao anoitecer e enchem-se de atividade até as primeiras horas da manhã, e de dia, cafés com wi-fi servem deliciosas chávenas de bica (café expresso) para lisboetas em movimento”.

A revista sugere ainda no seu guia fatores mais práticos, como os melhores espaços de coworking, tal como o Heden na Graça ou o Workhub Lisboa no Poço do Bispo; e para dormir, lembra que apesar de serem muitos os hotéis e pensões, a maioria dos nómadas digitais opta por apartamentos e quartos alugados ou acomodações de co-living, muitas das quais que estão convenientemente anexadas a muitos dos espaços de coworking da cidade.

Restaurantes, bares, zonas de diversão como o Cais do Sodré ou Bairro Alto, festas como o Santo António são ainda sugeridas, com os olhos postos no pós-pandemia claro; sem esquecer que por perto há surf, sol, praias e mar, tudo acessível por meios de transporte; ou o Parque de Monsanto para respirar e passear.

Finalmente e em resumo, o guia destaca como pontos de negativos de escolher Lisboa para viver e trabalhar à distância o espírito de comunidade; as oportunidades de tecnologia; a comida barata e saborosa; o clima e a alta qualidade de vida. Como pontos negativos, aponta a paz (ou falta dela) à noite, a variedade, os preços dos alojamentos e os voos acessíveis para outros países, algo muito importante para um nómada digital.

Fonte;NIT / 
texto
Patrícia Naves